Em um motor convencional, a árvore de cames abre as válvulas do motor e permite que elas se fechem sob ação de mola. O acionamento pode ser por engrenagem, corrente ou correia dentada. Aurelio Lampredi dizia que "motores não bebem, eles respiram". A afirmação é uma referência à importância do fluxo de ar para produção de potência em motores é por isso que uma das maneiras mais simples de extrair mais potência do motor é alterar o comando de válvulas, no entanto essas mudanças são limitadas e alteram significativamente as características do motor. Por exemplo: um comando de válvulas com levante e duração muito altos terão mais ganhos de potência e torque, mas terão seu desempenho máximo somente em rotações mais elevadas, resultando em um desempenho irregular em baixas rotações. Outro problema é que o motor tem a obrigação de mover um ou dois comandos de válvula e seus agregados, aumentando o atrito e causando perda de potência com os componentes móveis. Com o sistema proposto pela CEV cada válvula recebe um atuador e cada um deles pode ser acionado de forma independente. Há inúmeras vantagens associadas, especialmente para obter mais eficiência e reduzir o atrito, e ainda, alterar por completo o tempo de abertura das válvulas entre os modos de condução. Ele pode ser facilmente adaptado a qualquer motor de qualquer fabricante que serão capazes de eliminar várias peças caras. A eletrificação é inevitável para os carros de passeio, no entanto, para os veículos de carga é muito complexo adaptar baterias com a capacidade necessária sem ocupar muito espaço e peso. Espera-se então uma redução no consumo de combustível devido ao melhor controle da alimentação do motor, redução do atrito, menos emissões, melhorias no torque e potência, e ainda, um cabeçote mais compacto e mais leve, uma vez que não há necessidade de polias nem correias ou correntes de sincronismo.